Entrevista no Urbanautica
Entrevista super bacana que a Renata Scovino fez sobre o nosso livro Banco de Tempo para o Urbanautica! Adoramos trocar idéias sobre o processo da nossa pesquisa com ela.
Entrevista super bacana que a Renata Scovino fez sobre o nosso livro Banco de Tempo para o Urbanautica! Adoramos trocar idéias sobre o processo da nossa pesquisa com ela.
Logo qua anunciamos no facebook o lançamento de nosso livro, recebemos uma mensagem do artista e pesquisador baseado em Londrina Rogerio Ghomes. São muitas as sincronicidades de pesquisa que pipocam por aí… Como disse o próprio Rogerio, este trabalho dele, Donde estoy a te esperar, tem uma pegada diferente de nosso Banco de Tempo, mas tem uma aproximação muito grande!
A jornalista Rosane Tremea, de Porto Alegre, fez um post super legal em seu blog sobre o nosso projeto.
Crônica que nos foi presenteada pela estilista Margot Mello, dona da marca super bacana Ateliê Cortiço. Banco de Tempo continua com seus desdobramentos!
A loja do tempo
Um dia corrido nublado sem muita luz. Ando apressada e ansiosa em direção ao Centro da Cidade. Preciso urgente chegar à loja do tempo. Está em promoção um tempo que eu necessito muito.
Enfim chego à loja. Fico sem paciência, a fila é grande e penso, não tenho tempo para isso! Então é chegada a minha hora de ser atendida. Pergunto ao vendedor, sem demora, se ainda tem o tempo que necessito, eu sei que estava em promoção! O vendedor me responde apressadamente, meio rígido: Não, acabou! Agora só tem tempo com preço normal. Então indago: Será que você não me dá um desconto de pelo menos 5% se eu pagar a vista? Está muito caro! Eu só preciso de duas horas de tempo livre, para amar, comemorar, sorrir, contemplar… Não senhora, não posso fazer isso, esse tempo que a senhora necessita é supérfulo, ele só entra em promoção uma vez por ano e olhe lá, se a senhora quiser temos outros tempos na promoção, tempo para trabalhar, tempo para pagar as contas, tempo para enfrentar engarrafamentos… enfim, esses tempos que são necessários para a vida. Fico desanimada e respondo: Esses tempos eu já tenho em casa em estoque...
Ando em direção a rua com passos lentos e penso, ah que saudades de quando eu era dona do meu tempo, poderia ter vivido mais intensamente, com alegria, com amor, e sem culpa de ter tempo para as coisas simples e realmente valiosas da vida, mas a vida é implacável, e seu tempo finito.
Nosso amigo Pedro Teixeira enviou este poema logo depois da abertura da nossa exposição em janeiro de 2012:
Teria afinal o tempo, alguma relação com o vento?
Não adianta tentar racionalizar o tempo….Ele é um sopro!
Entre ventos
vi o tempo passar…
era um tempo diferente, que passava na parede,
Não havia contratempos.
Na verdade, era o velho tempo que modificado,
se apresentava agora, em três tempos.
Vi um outro tempo, agora fragmentado.
É o desejo das horas, que faz movimentar o tempo ?
Um banco vazio, ainda ecoa dentro de mim! Aonde estão os caminhos?
***
Maravilha Pedro!
Em 2012, demos uma pequena entrevista sobre a nossa exposição Banco de Tempo para o Tempo Festival:
http://vimeo.com/36966029