Nilo Peçanha e Campos dos Goytacases
Ontem um senhor de Campos dos Goytacases me escreveu encomendando 3 exemplares do Banco de Tempo. Achei curioso alguém pedir mais de 1 livro e perguntei como ele soube do lançamento. Ele então explicou que é colecionador de tudo que se refere ao ex-presidente Nilo Peçanha, que eu desconhecia ser natural de Campos, e me mandou o link da matéria que saiu em janeiro no jornal local. Achei super bacana, pois toda nossa pesquisa começou com uma fotografia de Nilo sentado num dos bancos do Jardim da República, rodeado por seus cães galgos, que encontramos no arquivo do Museu da República, com data de registro de 1909/10. Como se, de um leito sereno de informação onde jazia adormecida num arquivo-coleção de promessas e sonhos, essa imagem tivesse sido reanimada e incorporada, tornando-se o norte de nossas meditações visuais e conceituais sobre os usos do tempo e viagens imaginárias.
Entrevista no Urbanautica
Entrevista super bacana que a Renata Scovino fez sobre o nosso livro Banco de Tempo para o Urbanautica! Adoramos trocar idéias sobre o processo da nossa pesquisa com ela.
Da sincronicidade
Logo qua anunciamos no facebook o lançamento de nosso livro, recebemos uma mensagem do artista e pesquisador baseado em Londrina Rogerio Ghomes. São muitas as sincronicidades de pesquisa que pipocam por aí… Como disse o próprio Rogerio, este trabalho dele, Donde estoy a te esperar, tem uma pegada diferente de nosso Banco de Tempo, mas tem uma aproximação muito grande!
Recortes de viagem
A jornalista Rosane Tremea, de Porto Alegre, fez um post super legal em seu blog sobre o nosso projeto.
A loja do tempo
Crônica que nos foi presenteada pela estilista Margot Mello, dona da marca super bacana Ateliê Cortiço. Banco de Tempo continua com seus desdobramentos!
A loja do tempo
Um dia corrido nublado sem muita luz. Ando apressada e ansiosa em direção ao Centro da Cidade. Preciso urgente chegar à loja do tempo. Está em promoção um tempo que eu necessito muito.
Enfim chego à loja. Fico sem paciência, a fila é grande e penso, não tenho tempo para isso! Então é chegada a minha hora de ser atendida. Pergunto ao vendedor, sem demora, se ainda tem o tempo que necessito, eu sei que estava em promoção! O vendedor me responde apressadamente, meio rígido: Não, acabou! Agora só tem tempo com preço normal. Então indago: Será que você não me dá um desconto de pelo menos 5% se eu pagar a vista? Está muito caro! Eu só preciso de duas horas de tempo livre, para amar, comemorar, sorrir, contemplar… Não senhora, não posso fazer isso, esse tempo que a senhora necessita é supérfulo, ele só entra em promoção uma vez por ano e olhe lá, se a senhora quiser temos outros tempos na promoção, tempo para trabalhar, tempo para pagar as contas, tempo para enfrentar engarrafamentos… enfim, esses tempos que são necessários para a vida. Fico desanimada e respondo: Esses tempos eu já tenho em casa em estoque...
Ando em direção a rua com passos lentos e penso, ah que saudades de quando eu era dona do meu tempo, poderia ter vivido mais intensamente, com alegria, com amor, e sem culpa de ter tempo para as coisas simples e realmente valiosas da vida, mas a vida é implacável, e seu tempo finito.